

Com alegria e esperança convidamos a todos para a Ordenação Diaconal do Seminarista Anderson Alves Rocha.
Celebração: dia o9/09/2023.
Local: Catedral São Miguel em Guanhães/MG.
Participe!
Diocese de Guanhães, 05 de julho de 2023
“Floresça a juventude no coração de Deus”
Queridas juventudes!
A Diocese de Guanhães tem uma bonita história com a Pastoral Juvenil. Muitos irmãos padres e jovens se colocaram a serviço da evangelização nessa vinha do Senhor, buscando a unidade entre as juventudes.
Para que essa história continue, o Setor Juventudes convida 02 representantes jovens, engajados (coordenadores) ou iniciantes na vida paroquial, para o Encontro Presencial dia 15 de Julho, sábado, de 8h às 12h no salão da Igreja Catedral em Guanhães.
Para melhor organização e acolhida, pedimos sintonia entre participantes e os párocos, para que contribuam com o valor de 30,00 reais por representante.
A data para confirmação é até o dia 07 de Julho, sexta-feira, através do link: https://forms.gle/UodYRtfTUUmZkiFz8.
Na alegria de florescermos nossa juventude no coração de Deus, aguardamos ansiosos por vocês!
Braúnas, 29 de Junho de 2023. Memória Litúrgica de São Pedro e São Paulo, Apóstolos.
Um abraço fraterno!
Pe. Filipe Ferreira
Assessor Diocesano.
Chegaram gloriosamente à pátria celeste: Pedro pela cruz e Paulo pela espada.
Com a agem da primeira Leitura (At 12,1-11), refletimos sobre a missão e o testemunho do Apóstolo Pedro, e renovamos a certeza de que Deus cuida daqueles que chamou, ama e envia.
Pedro foi chamado por Jesus Cristo e com Ele conviveu, e do Divino Mestre, recebeu todos os ensinamentos, bem como lhe foram confiadas as chaves do Reino dos Céus para ligar e desligar, para conduzir o rebanho do Senhor.
Deste modo, com a agem, mais que uma descrição histórica, temos uma catequese de como Deus cuida de Sua Igreja, de modo que as portas do inferno não prevalecerão contra ela, como bem foi dito no Evangelho pelo Senhor. É como um selo da autenticidade da missão dos Discípulos Missionários do Senhor.
O caminho feito por Pedro, em muito se assemelha ao d’Aquele pelo qual teve o coração seduzido: Jesus Cristo.
Bem disse o Senhor – “Bem aventurados sois vós quando vos injuriarem, caluniarem, perseguirem e disserem todo nome por causa de mim. Alegrai-vos e regozijai-vos, porque será grande a vossa recompensa nos céus” (Mt 5,11-12), e ainda: “Não temais pequeno rebanho do meu Pai, porque a vosso Pai agradou dar-vos o Reino” (Lc 12,32).
Os discípulos de Jesus devem testemunhar com sinceridade e coragem os valores que acreditam, contra todas as dificuldades, incompreensões, perseguições e calúnias.
Também contemplamos uma comunidade solidária e solícita na oração; unida na alegria e na dor; na perseguição e na vitória, e vemos como é necessária a Oração da comunidade em favor daqueles que dela cuidam, e hoje de modo especial, elevamos orações pelo nosso Papa Francisco, sucessor de Pedro.
A agem da segunda Leitura (2Tm 4,5-8;17-18), como que um Testamento de Paulo, um discurso final, uma avaliação de todo seu apostolado, é uma luz que se acende para o encorajamento da comunidade, e que será muito propício para o reavivamento de seu ardor evangelizador e ânimo pastoral.
Paulo não conviveu com o Senhor, mas teve aquele encontro com o Ressuscitado que reorientou todo o seu existir. Não propriamente uma conversão, porque ele era zeloso no cumprimento da Lei Divina, mas aquela experiência a caminho de Damasco transformou todos os seus planos e projetos, tornando-o Doutor das Nações, o grande missionário evangelizador em suas impressionantes viagens missionárias.
Ele se apresenta como um “atleta” de Cristo, empenhado no bom combate da fé, ando o martírio; ora silencioso, ora extremado, culminado em sua morte pela espada.
Na agem, temos o lamento desiludido de um homem cansado, como é próprio da condição humana. Mas tem algo mais: sabe em quem confiou, sabe que Deus jamais o desamparou. Entenda-se lamento desiludido, não como decepção, mas como a extrema confiança da missão que abraçou e se dedicou.
Assim pode acontecer conosco, podemos até nos decepcionarmos nos espaços internos da Igreja ou fora dela, mas jamais com Deus. E, por isto, jamais desistir da missão.
Se há algo que nos entristeça, há muitíssimo mais que nos alegra. Mistério da Cruz, Mistério Pascal que deve ser vivido com toda fé, esperança e caridade.
Mesmo no cárcere, escrevendo a Timóteo, Paulo encontra palavras de ânimo, de exortação.
Acolhamos estas palavras, sobretudo nos momentos difíceis por que possamos ar, na obscuridade dos fatos, nos quais Deus mais do que nunca Se revela com todo Seu esplendor, com todo Seu amor.
Paulo testemunha de quem confia no Senhor, e nunca se sente só, jamais se sente desamparado. Ele mesmo disse aos Filipenses (Fl 4,13) –“Tudo posso n’Aquele que me fortalece”.
Na agem do Evangelho (Mt 16,13-19), temos a interrogação de Jesus sobre a Sua identidade.
Não se trata de conferir índice de ibope, mas a compreensão da Sua verdadeira identidade para que configure Seus discípulos a Ele.
Que saibam a quem seguem, e a quem vão testemunhar. Respostas superficiais e inconsequentes não agradam o Coração do Senhor. Pedro pela revelação divina dá a verdadeira resposta: “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo”.
Por isto, assim como negara três vezes na paixão e morte do Redentor, por três vezes teve que responder a inquietante interrogação de Nosso Senhor: “Simão, filho de Jonas, tu me amas mais do que estes?”.
Como já mencionei, a Pedro são confiadas as chaves. Não para ser guardião nas portas dos céus, mas para conduzir, organizar, orientar o rebanho do Senhor a Ele confiado. Esta é a sua missão. Esta é a missão de nosso Papa Francisco, por quem não devemos poupar Orações.
Reflitamos:
– Qual é o lugar que Jesus ocupa em nossa existência?
– O que os Apóstolos Pedro e Paulo tem a nos ensinar?
– Por que estamos na Igreja?
– Somos uma comunidade estruturada para amar e servir, como comunidade do Ressuscitado?
– Temos consciência da dimensão profética e missionária da Igreja?
– De que modo procuramos entender e rezar pela missão de nosso Papa?
Empenhemos mais intensamente e apaixonadamente no bom combate da fé, com o coração por Jesus mais que seduzido; e também nos empenhemos para alcançar a merecida Coroa da Glória, para os justos reservada.
Cremos que as duas colunas alcançaram, e nós como pedras vivas da Igreja pelo Batismo, desejemos e façamos por também merecer e alcançar.
Realizou-se no período de 8 a 11 de junho de 2023 , no centro Mariápolis, Itaguaçu, arquidiocese de Olinda/Recife, região metropolitana de Recife -Pernambuco, Regional Nordeste 2 da CNBB, a 41ª AGO (Assembleia Geral Ordinária) do CNLB – Conselho Nacional do Laicato do Brasil . O tema foi: ‘Não deixemos morrer a profecia’ tendo como ponto de partida o itinerário dos 50 anos do CNLB que será celebrado em 2025. A assembleia ocorreu em clima de espiritualidade e memória do legado de Dom Helder Câmara-grande profeta do nosso tempo , inspirador da luta pelas causas sociais e colaborador na criação do CNLB. O grande momento foi a Celebração de abertura do Jubileu de ouro do CNLB realizada na catedral da Sé, em Olinda , aos pés do túmulo de dom Helder Câmara.
Foram dias intensos de escuta , reflexão e celebração.
Estiveram presentes 215 pessoas entre delegados e convidados representando 98 dioceses e arquidioceses, além de 16 expressões eclesiais do laicato, contemplando os 19 regionais da CNBB.
A programação do encontro começou efetivamente na tarde da quinta-feira, com a Análise de Conjuntura, onde os participantes debateram sobre os principais temas sociais. Em seguida, houve a Missa Solene de Corpus Christi.
Na sexta-feira (9), além dos momentos de oração, as leigas e os leigos assistiram a testemunhos que ilustraram as dimensões: Integridade da Criação e Direitos Humanos e Incidência Política. No período da tarde, o monge Marcelo Barros ministrou a palestra “Testemunho e profecia de dom Helder: um chamado para os cristãos leigos e leigas”, seguido de apresentação dos avanços do CNLB e grupos de trabalho.
O sábado (10) foi marcado pelo Momento de Deserto que culminou com a “Celebração da Profecia: início do Itinerário Jubilar de 50 anos do CNLB”, na Igreja Catedral São Salvador do Mundo, em Olinda. O templo, além de ser Sé Arquidiocesana, é onde repousa os restos mortais de dom Helder Câmara. À noite, de volta ao Centro Mariápolis Santa Maria, os leigos e as leigas participaram do Arraial do Bem Viver.
A 41ª Assembleia Geral do CNLB foi encerrada no domingo (11) com a apresentação dos indicativos de ação do organismo e Santa Missa.
Um dos indicativos foi a Carta da Assembleia direcionada à CNBB.
Confira no link a seguir: https://diocesedeguanhaes-br.portalmineiro.net/cartas-mocões-da-41a-ago.
Maria Madalena dos Santos Pires
Membro da delegação do Leste II na Assembleia.
“Não tenhais medo daqueles que matam o corpo,
mas não podem matar a alma!”
A Liturgia do 12º Domingo do Tempo Comum (ano A) nos convida a refletir sobre a solicitude e o Amor de Deus para com aqueles que Ele chama e envia em missão, uma vez que a perseguição está sempre presente no horizonte dos discípulos de Jesus.
A agem da primeira Leitura (Jr 20, 10-13) nos mostra que Jeremias, como tantos outros Profetas, sofreu o abandono dos amigos, o sofrimento, a solidão e a perseguição, por isto é um paradigma do Profeta sofredor, que merece ser lembrado para nos inspirar e fortalecer na caminhada de fé e no testemunho da vocação profética.
O Profeta Jeremias faz forte apelo à conversão e a fidelidade a Javé e à Aliança, num período, da história do Povo de Deus, marcado por desgraças, infidelidade e injustiça social.
Por sua veemência e fidelidade, Jeremias é chamado de o “amargo Profeta da desgraça” e é acusado de traidor. Sua missão tem um alto preço pago: o abandono e a solidão. Ele é tratado como objeto de desprezo e de irrisão e tido como um maldito, porque não é aceita e compreendida sua mensagem em nome de Javé.
Encontramos no Livro desabafos seus, expressando desilusão, amargura, queixas, confissões e frustração, mas mantém-se fiel, porque estava verdadeiramente apaixonado pela Palavra de Deus.
Apesar do abandono experimentado, até dos amigos mais íntimos, eleva hino de louvor, que expressa confiança em Deus, para além de todo sofrimento e perseguição.
Bem sabemos que o caminho do Profeta é marcado pelo risco da incompreensão e da solidão, e precisamos de coragem para trilhar este caminho, com a certeza e confiança de que Deus jamais nos abandona.
Na agem da segunda Leitura (Rm 5,12-15), o Apóstolo fala da vida, que se coloca sempre diante de uma decisão: ou viver no egoísmo e autossuficiência que gera a morte; ou pôr-se decidida e corajosamente numa caminhada de fidelidade ao Projeto de Deus que gera vida nova. É preciso centralizar nossa fé em Cristo, e em Sua Palavra, enraizando a nossa vida.
Como discípulos missionários, cremos que a Salvação vem pela fé em Jesus Cristo e se destina a todos, indistintamente. Somente a fidelidade a Jesus é garantia de vida nova e vida plena, fazendo da nossa vida um dom, uma doação feita por amor à causa do Reino de Deus.
Na agem do Evangelho (Mt 10,26-33), o tema da inevitabilidade da perseguição na vida dos discípulos é explícito, assim como vimos na primeira Leitura.
O Evangelista exorta à superação do desânimo e frustração decorrentes das perseguições.
Apresenta como que um “manual do missionário cristão”, que consiste no “discurso da missão” – “Para mostrar que a atividade missionária é um imperativo da vida cristã. Mateus apresenta a missão dos discípulos como a continuação da obra libertadora de Jesus.
Define também os conteúdos do anúncio e as atitudes fundamentais que os missionários devem assumir, enquanto testemunhas do Reino” (1)
Três vezes aparece a expressão “Não temais”, assegurando a presença, ajuda e proteção divina para superação do medo que impeça a proclamação da Boa Nova; o medo da morte física; e neste medo se pode experimentar a solicitude de Deus, um cuidado que desconhece limites.
A mensagem é que a vida em plenitude é para quem enfrentar o medo, na fidelidade, até o fim. O medo não pode nos deixar acomodados.
A ternura, a bondade e a solicitude divina são imprescindíveis, pois fortalecem na missão. É preciso se entregar confiadamente nas mãos de Deus:
“Jesus encoraja os Seus discípulos a alargar o horizonte da vida e a avaliar os riscos vividos por Sua causa, no contexto mais amplo da vida com Deus, da vida eterna.
O cristão é chamado a viver na confiança de que o Pai não o abandona nas mãos dos perseguidores (v.28), que a sua vida, a sua salvação custou o Sangue do Filho e tem por isso, aos Seus olhos, um valor imenso (vv. 29-31).
A fidelidade e a confiança no Senhor serão recompensadas por aquele ‘reconhecimento’ que já se manifestou na Ressurreição de Cristo” (2).
No testemunho da fé, é possível a perseguição, portanto é necessária a confiança.
Anunciar e testemunhar a Boa Nova é não deixar que o medo nos paralise, pois o medo nos impede de ser autênticos discípulos missionários:
“O cristão não é chamado a procurar o martírio como prova da sua fé, mas a viver constantemente a vida com os olhos fixos no Alto, isto é, a alargar aquele horizonte que hoje, mais do que nunca, tende a fechar-se no círculo dos benefícios desfrutáveis, aqui e agora.” (3)
Também nós precisamos ouvir a todo instante – “Não tenhais medo”. É preciso que a Palavra de Jesus ressoe em nossos ouvidos e fique entranhada no mais profundo de nosso coração:
“Impressiona a história de tantos mártires cristãos, antigos e atuais, que escolheram o caminho da coerência e da fidelidade ao Senhor a custo da própria vida.
É com eles que nos encontramos na Comunhão dos Santos, vivida, sobretudo, na Celebração Eucarística; uma companhia que a comunidade dos crentes gosta de ter ao seu redor, mesmo com as pinturas, os afrescos, os mosaicos que adornam as nossas Igrejas (hoje reduzidas muitas vezes a belas obras que se iram em igrejas-museu) expressões artísticas surgidas para tornar humanamente visível o que vivemos na fé.” (4)
Antes de concluirmos com a expressiva Oração do Dia, da Missa, que muito bem expressa a realidade humana, marcada pela fragilidade, portanto, necessitada da força e intervenção divina, é preciso que como cristãos levantemos o olhar para a vida a que Cristo nos chama, ou seja, “viver a força de contestação profética que viveu Jeremias, que Jesus levou perante as autoridades judaicas e romanos e conduziu os Apóstolos ao martírio.
É na relação íntima e comunitária que vivemos com Deus, no desejo de sermos reconhecidos por Ele que se reforça a adesão a Cristo e ao seu Evangelho, com a esperança libertadora de vivermos confiando no Pai.” (5)
Oremos:
“Senhor, nosso Deus, dai-nos por toda a vida a graça de Vos amar e temer, pois nunca cessais de conduzir os que firmais no Vosso amor. Por N. S. J. C. Amém.”
(2) (3) (4) Lecionário Comentado p. 560.
(5) Idem p. 561.
Retomo esta reflexão que fiz, por ocasião do encerramento do Ano Sacerdotal (2009-2010), por sua pertinência, para que tenhamos Presbíteros conforme o Coração de Jesus.
O Lema que o motivou ressoará para sempre no coração de cada Sacerdote e no coração de todo o Povo de Deus: “Fidelidade de Cristo, fidelidade do Sacerdote”, bem como a célebre frase do Padroeiro de todos os Padres: “O Sacerdote é o amor do Coração de Jesus” – São João Maria Vianney.
É preciso tornar o coração do Presbítero semelhante aos mais Belos Corações: O Imaculado Coração de Maria e o Dulcíssimo Sagrado Coração de Jesus, e assim o lema e a frase acima encontrem conteúdo e iluminem o seu caminhar.
A exemplo de Maria deve ter:
– um coração pleno de ternura, para ser sinal d’Aquele que é Fonte de toda ternura;
– um coração radiante porque se nutre Daquele que é a Fonte dos bens mais necessários;
– um coração alegre, porque servidor Daquele que é Fonte da plena alegria;
– um coração pleno de esperança, porque a reacende na Fonte da preciosa e eterna chama que jamais se apaga;
– um coração transparente, para revelar ao mundo a Face Divina, em perfeita configuração ao Cristo, em envolvente relação de apaixonamento;
– um coração singelo e meigo, para acolher no coração a Semente do Verbo, em que flores e frutos do Reino abundantemente se multiplicam;
– um coração que perdoa, porque servo do perdão que vem Daquele que da humanidade é Fonte de redenção;
– um coração com marcas da solidariedade, porque aprendiz e servidor da Solidariedade Divina, que não consentiu que ficasse para sempre decaída a humanidade pelo pecado;
– um coração pleno de virtudes, porque enriquecido por Aquele do qual procede todos os carismas, virtudes em infinidade;
– um coração plenamente livre, porque ama, testemunha o Evangelho Daquele que é a Verdade que nos Liberta;
– um coração iluminado, pleno de luz, porque é sinal d’Aquele que das nações é a Eterna Luz;
– um coração cristalino, porque sacia sua sede Naquele que é Fonte de toda Água cristalina!
– um coração inebriante, porque se nutre do mais puro Pão, do Sangue d’Aquele que na Cruz, abundantemente derramou. Sangue inebriante, que nos redime e inebria, presente na Eucaristia!
Deste modo será apaixonado pela vida, porque servidor d’Aquele que dela é Fonte, e por isto amante e defensor da sacralidade da vida, portadora da imaculada e inviolável dignidade.
Deste modo, viverá o Puro Amor, amando a humanidade como Aquele que a humanidade, até o fim amou, com um coração indiviso à vontade Divina, para servir e consagrar Aquele que foi Todo fidelidade a Deus! São estes, entre outros, os compromissos que devem estar enraizados em seu coração, ocupando as entranhas de sua alma…
É imperativo que o sacerdote tenha um coração semelhante ao Imaculado Coração de Maria, porque somente assim ele será o amor do Coração do Filho, o amor do Coração de Jesus! Somente assim poderá, revigorado a cada dia em seu Ministério, ser da massa o fermento, da terra o sal, do mundo um raio de luz!
Dom Otacilio F. de Lacerda.
Sejamos enriquecidos pela carta de São Policarpo de Esmirna (séc. II), sobre a Carta aos Filipenses, em que nos apresenta Jesus Cristo que nos deixou um exemplo em Sua própria Pessoa.
“Que os presbíteros tenham entranhas de misericórdia e se mostrem comivos para com todos, tratando de trazer ao bom caminho aqueles que se extraviaram; que visitem aos enfermos e não descuidem das viúvas, dos órfãos e dos pobres, antes, que procurem o bem diante de Deus e diante dos homens; abstendo-se de toda ira, de toda acepção de pessoas, de todo juízo injusto; que vivam afastados do amor ao dinheiro e não se precipitem crendo facilmente que os outros tenham agido mal, que não sejam severos em seus juízos, tendo presente a nossa natural inclinação ao pecado.
Portanto, se pedimos ao Senhor que perdoe nossas ofensas, também nós devemos perdoar aos que nos ofendem, já que estamos sob o olhar de nosso Deus e Senhor, e todos compareceremos diante do tribunal de Deus, e cada um prestará contas a Deus de si mesmo.
O sirvamos, portanto, com temor e com grande respeito, conforme nos ordenaram tanto o próprio Senhor como os Apóstolos que nos pregaram o Evangelho, e os profetas, aqueles que antecipadamente nos anunciaram a vinda de nosso Senhor.
Busquemos o bem com dedicação, evitemos os escândalos, afastemo-nos dos falsos irmãos e daqueles que levam o nome do Senhor de forma hipócrita e arrastam ao erro os insensatos.
Todo aquele que não reconhece que Jesus Cristo veio na carne é do anticristo, e aquele que não confessa o testemunho da Cruz procede do diabo, e o que interpreta falsamente as sentenças do Senhor segundo suas próprias concupiscências, e afirma a inexistência da ressurreição e do juízo, esse tal é o primogênito de Satanás.
Por conseguinte, abandonemos os vãos discursos e falsas doutrinas que muitos sustentam e voltemos aos ensinamentos que nos foram transmitidos desde o princípio; sejamos sóbrios para entregar-nos à oração, perseveremos constantemente nos jejuns e supliquemos com rogos ao Deus que tudo vê, a fim de que não nos deixe cair em tentação, porque, como disse o Senhor, o espírito está pronto, mas a carne é fraca.
Mantenhamo-nos, pois, firmes em nossa esperança e a Jesus Cristo, recompensa de nossa justiça; Ele, carregando nossos pecados, subiu ao lenho, e não cometeu pecado nem encontraram engano em Sua boca, e por nós, para que vivamos n’Ele, tudo ou.
Sejamos imitadores de Sua paciência e, se por causa de Seu nome temos de sofrer, O glorifiquemos; já que este foi o exemplo que nos deixou em Sua própria Pessoa, e isto é o que nós cremos.” (1)
Na fidelidade a Jesus Cristo, como discípulos missionários, sigamos Seus os.
Elevemos a Deus orações, para que todos os presbíteros “tenham entranhas de misericórdia e se mostrem comivos para com todos…”
Assim, também, toda a comunidade mantenha firme a esperança no Senhor, imitadora da paciência do Senhor, e se acaso vier o sofrimento, que seja motivo para glorificá-Lo com fé, em expressão viva de caridade. Amém.
Dom Otacilio F. de Lacerda.
(1) Lecionário Patrístico Dominical – Editora Vozes – 2013 – pp.158-159
Na agem da primeira Leitura do Livro de Oseias (Os 6,3-6), refletimos sobre o ministério profético de Oseias numa época bastante conturbada (Reino do Norte – Israel), em termos políticos e marcado por violência, insegurança e derramamento de sangue; em termos religiosos por uma grande confusão.
O profeta exorta para que o povo reconheça a infidelidade cometida, vivida na idolatria, e redescubra o amor do Senhor, expresso em gestos concretos de amor, ternura, bondade e misericórdia (“hesed”) em favor dos irmãos e irmãs.
Reflitamos:
– Qual é a sinceridade, fidelidade e profundidade de adesão ao Projeto que Deus tem para nós?
– Qual o desejo e sinais que expressam atitudes de conversão ao amor de Deus?
– Como vivemos este amor a Deus no amor ao próximo?
Na agem da segunda Leitura (Rm 4,18-25), dirigindo-se aos cristãos que vêm do judaísmo (preocupados com o estrito cumprimento da Lei de Moisés, bem como os que vêm do paganismo), o Apóstolo Paulo reflete sobre o essencial: a fé.
Com a agem do Evangelho (Mt 9,9-13), vemos quão misericordioso é o nosso Deus. Jesus nos chama para segui-Lo, pecadores que somos.
De fato, Mateus aceitou o convite sem discussão, e o seguiu de forma incondicional, e esta adesão ao chamamento se chama “Fé”.
Nisto consiste o caminho do discípulo missionário do Senhor: encontrá-Lo, escutá-Lo, aceitá-Lo e segui-Lo, acolhido e transformado por Sua Misericórdia.
Assim Se expressa o Senhor:
– “Aprendei, pois, o que significa: ‘Quero misericórdia e não sacrifício’. De fato, Eu não vim para chamar os justos, mas os pecadores” (Mt 9,13).
Vejamos o que nos diz o Comentário do Missal quotidiano:
“Deus foi sempre o grande incompreendido por parte dos homens. Incompreendido em Seu agir, em Suas intervenções, incompreendido em Seu silêncio, incompreendido em Suas exigências e em Sua lei.
Mas a incompreensão maior e mais estranha refere-se à Sua misericórdia. É a incompreensão de quem não crê na misericórdia de Deus, de quem tem medo d’Ele, de quem treme ao pensar em comparecer à Sua presença, e foge do mal unicamente para evitar os Seus castigos…”.
Quem souber viver a misericórdia para com o próximo, na sincera e frutuosa prática da acolhida, do perdão, superação, compreenderá o Coração de Deus.
Deste modo, saboreará a mais bela e pura alegria, que nasce do perdão dado e recebido.
Como discípulos missionários do Senhor, não podemos permitir que o ódio, o rancor, o ressentimento fossilizem ou criem raízes nas entranhas mais profundas do coração.
Jamais permitir que a obscuridade ao outro deva ser para sempre imposta pelo seu erro, tropeço, falha.
Urge compreender, na exata medida, o erro cometido, sem nada acrescentar, e ter também a maturidade de se colocar no lugar do outro, porque todos somos íveis de erros.
Isto é possível quando nosso coração de pedra se transforma em um coração de carne, terno e manso, para que nele Deus possa frutuosa e ricamente fazer Sua morada.
Tão somente assim, tendo os mesmos sentimentos do Senhor Jesus (Fl 2,5), teremos a possibilidade de novas ações, formando e gerando Cristo em nós e no outro, sempre impelidos pelo Amor de Deus derramado em nossos corações pelo Espírito Santo (Rm 5,5).
Nisto consiste a edificação de uma Igreja Sinodal: caminharmos todos juntos, vivendo e comunicando a misericórdia, em permanente atitude missionária, sobretudo nas periferias existenciais, como nos fala o Papa Francisco.
Reflitamos:
– Qual a consistência do nosso amor por Jesus, como Seus discípulos missionários?
– Como Igreja Sinodal, como testemunhar a Misericórdia Divina que se destina a todos os povos?
Oremos:
Quem poderá compreender o Vosso coração, Senhor?
Ó incompreendido amor de Deus, que questiona o amor humano, tão pequeno, quantificável, porque limitado, medido, calculado, com parcimônia por vezes comunicado.
Ó incompreendido amor de Deus, que o nosso assim também o seja.
Ensinai-nos, que o amor não é para ser compreendido, amor é para amar, simplesmente; sem teorias, explicações, racionalizações.
Ajudai-nos a viver o Amor de Cruz, que ama, acolhe, perdoa, renova, faz renascer e rompe a barreira do aparentemente impossível.
O amor vivido no extremo da Cruz, que foi, é e será para sempre o verdadeiro amor.
Amor tão incompreendido, mas tão necessário e desafiador para a humanidade em todo tempo.
Amor que, se vivido, nos credencia para a eternidade de Deus, que é a vivência e mergulho na plenitude de Seu amor, luz, alegria, vida e paz. Amém.
Ao celebrar a Solenidade da Santíssima Trindade, contemplamos a ação de Deus Uno e Trino que é amor, família, comunidade e nos convida a participar deste Mistério pleno de amor. Trata-se, portanto, de uma impressionante e incomparável história de amor.
Na primeira Leitura (Ex 34,4b-6.8-9), Deus se manifesta a Moisés estabelecendo uma Aliança, revelando Sua verdadeira face, com desproporcional misericórdia, que é infinita, ilimitada: Deus Se revela cheio de amor, bondade, ternura e de fidelidade incondicional, clemente, comivo, lento para a ira e rico em misericórdia.
Espera que o Povo que lhe pertence, corresponda com escuta atenta, comunhão e intimidade através da oração, da escuta de Sua Palavra, tão somente assim, ouvindo Sua voz, teremos a vida pautada pelos Seus valores, e poderemos vencer os desafios. É preciso, quotidianamente, subir ao Monte da Aliança para fortalecer esta comunhão.
Reflitamos:
– Experimentamos a presença do Deus de amor, bondade, ternura, misericórdia, fidelidade e comunhão em nossa vida de fé?
– De que modo vivemos esta Aliança de amor com Deus?
Na segunda Leitura (2 Cor 13,11-13), o Apóstolo Paulo nos apresenta Deus que é comunhão, família, envolvendo-nos nesta dinâmica de amor, o que aparece claramente em suas palavras, que se tornaram uma das fórmulas litúrgicas de saudação, no início da Missa: “A graça de nosso Senhor Jesus Cristo, o amor do Pai e a comunhão do Espírito Santo estejam convosco”.
Diante das dificuldades, tensões e conflitos vividos, o Apóstolo pede para que os membros da comunidade sejam alegres e não desistam na busca da perfeição, fortalecendo os vínculos fraternos, com mesmos sentimentos, vivendo em harmonia, uma vez que pertencem à família Trinitária.
Devido a esta pertença, o relacionamento dos membros deverá refletir o amor, a ternura, a misericórdia, a bondade, o perdão e o serviço.
Reflitamos:
– Sentimo-nos como membros da comunidade pertencentes à família Trinitária?
– Somos e vivemos como família de Deus?
– Os relacionamentos de nossa comunidade refletem o que acima foi mencionado?
– De que modo acolhemos e vivemos a saudação acima citada (graça, amor e comunhão)?
Na agem do Evangelho (Jo 3,16-18), contemplamos o amor de Deus por nós, enviando Seu filho único ao mundo, que em pleno cumprimento do Plano do Pai, fez de Sua vida total doação, até a morte, e morte de Cruz, a fim de que tenhamos vida plena e definitiva. Verdadeiramente uma história de amor que revela a imensidão do coração de Deus, que tanto nos ama.
O Evangelista é abismado na contemplação do amor de um Deus que não hesitou em enviar ao mundo o Seu Filho Único, a fim de oferecer à humanidade a salvação, vida plena e definitiva.
A agem está contida na conversa de Jesus com Nicodemos apresentada em três etapas ou fases, tratando-se da terceira, na qual Jesus descreve o Projeto de salvação divina, que Ele realiza por Sua morte na Cruz, e com Sua exultação:
“Esse Homem que vai ser levantado na Cruz, veio ao mundo, encarnou-Se na nossa história humana, correu o risco de assumir a nossa fragilidade, partilhou a nossa humanidade; e, como consequência de uma vida gasta a lutar contra as forças das trevas e da morte que escravizam os homens, foi preso, torturado e morto numa Cruz. A Cruz é o último ato de uma vida vivida no amor, na doação, na entrega” (1).
De fato, a Cruz é “a expressão suprema do amor de Deus pelos homens” (2). A vinda do Filho único ao encontro dos homens é o cumprimento de dois objetivos:
– libertar a humanidade da escravidão, da alienação, da morte. A morte de Jesus na cruz revela que a vida definitiva, encontramos na obediência aos planos do Pai e no dom total da própria vida;
– veio porque o Pai nos ama e quer a nossa salvação: veio oferecer vida definitiva, ensinando-nos a amar sem medida, e comunicando-nos o Espírito, que nos transforma em novas criaturas.
Deste modo temos responsabilidade pela vida definitiva ou pela morte eterna, pois podemos aceitar a proposta de Jesus, com adesão a Ele e recebendo Seu Espírito, vivendo no amor e na doação; ou ficarmos escravos de esquemas de egoísmo e autossuficiência, que excluem a possibilidade de salvação.
Em resumo, Deus enviou o Seu Filho único ao mundo, porque ama a humanidade, e esta oferta nunca é retirada, e continua aberta e à espera de nossa resposta:
“Diante da oferta de Deus, o homem pode escolher a vida eterna, ou pode excluir-se da salvação” (3).
Reflitamos:
– Nossa comunidade dá testemunho do amor Trinitário?
– Como acolho a Proposta de Deus?
– Como nossas famílias vivem o amor Trinitário?
Finalizemos com esta afirmação de Santo Agostinho: “Deus é tão inexaurível que quando encontrado ainda falta tudo para encontrá-Lo”.
De fato, todo aprofundamento da ideia de Deus equivale a um novo nascimento, porque o Mistério de Deus não é um Mistério de solidão, mas de convivência, criatividade, conhecimento, amor, doação e recebimento, e por isto, somos o que somos, como vemos no Missal Dominical:
“Quem quer viver com Deus não se encontra diante de uma conclusão, mas sempre diante de um início novo como cada dia”.
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É Pentecostes!
A Solenidade de Pentecostes consiste na vinda do Espírito que acompanha a missão da Igreja cumulando-a com Seus Dons para com êxito proclamar sua mensagem.
É imperativo que a Igreja dê sempre espaço para a presença do Espírito e a acolhida de Seus inefáveis e imprescindíveis Dons: sabedoria, entendimento, conselho, fortaleza, ciência, piedade e temor para exercer os diferentes ministérios e carismas.
Para a Vida Nova do Ressuscitado não há nada que impeça Sua ação e manifestação. Ele rompe as portas fechadas pelo medo, pusilanimidade e covardia para nos comunicar a Sua paz, a plenitude dos Dons messiânicos.
Sopra-nos comunicando o Seu Espírito para que sejamos, ao mundo, enviados para romper o círculo vicioso do pecado, ligar e desligar as correntes que nos aprisionam. Ele ocupa para sempre o centro da vida da comunidade e de nossas vidas. Ele está em nosso meio, não há por que temermos a graça de participarmos da missão. Bem disse Santo Agostinho: “Deus que te criou sem ti, não te salvará sem ti”.
É Pentecostes a ser celebrado, acolhida do Espírito Santo que dá vida, renova, transforma e constrói a comunidade fazendo nascer o Homem Novo para viver em perfeita comunhão, colocando os dons a serviço, pois todos eles d’Ele procedem.
Urge que entendamos que Dons do Espírito são para o bem da comunidade, não podemos deles nos apropriar.
Todos somos importantes diante de Deus, não há uma hierarquia com cristãos de “segunda” ou de “primeira”. Ser cristão, de fato, é o que conta.
Os sinais que a Liturgia evoca (vento de tempestade e o fogo) são símbolos da revelação de Deus no Sinai, quando a Lei de Deus foi a Moisés e ao povo, entregue. São símbolos que evocam a força irresistível de um Deus incansável, sempre tomando a iniciativa de vir ao nosso encontro.
A Festa de Pentecostes é mais que uma súplica é a certeza de que “O Espírito Santo vem em socorro à nossa fraqueza”, diz S. Paulo (Rm 8,26).
Pentecostes: a chama do Espírito Santo transformou totalmente os Apóstolos, e celebrando esta Festa suplicamos a Deus que esta mesma chama ilumine e aqueça a nossa vida no caminho da Unidade, do Bem e da Verdade para que sejamos uma Igreja de pedras vivas em que a Lei maior seja visibilizada, o amor, a língua do Espírito, pois é o Espírito do Amor de Deus que tudo une. Maravilhoso laço do Amor divino que nos une, vínculo da paz, exclamamos (Ef 4,3).
Celebrando piedosa e frutuosamente esta Festa seremos curados de toda miopia e, sobretudo, da mais indesejável: a miopia divina de não contemplarmos Deus na pessoa do outro, sobretudo quando este estiver desfigurado e faminto, com frio ou com sede…
Daremos os firmes na superação da imaturidade no amor, eliminando vestígios de divisões e contendas, abolindo as rivalidades que contradizem a essência do Evangelho.
Há que se vigiar para não fazer da comunidade um campo de batalha, logo há que se vigiar também para que vírus da prepotência e autoritarismo não se multipliquem contaminando relações dentro e fora da comunidade, fazendo perder o sal, a luz e a propriedade essencial do fermento, fazendo crescer o Reino de Deus.
Que a beleza da vida da comunidade, sua força seja a irradiante alegria de podermos amar e servir.
Que ecoem estas palavras de um autor do século VI que assim literalmente diz em seu Sermão “… Esta é a casa de Deus, edificada com pedras vivas. Nela o Eterno Pai gosta de morar; nela Seus olhos jamais devem ser ofendidos pelo triste espetáculo da divisão entre Seus filhos”.
Ilumine-nos o que disse São João da Cruz – que o Espírito Santo, com a Sua chama fere a nossa alma, gastando e consumindo-lhe as imperfeições dos seus maus hábitos para que criemos relações mais humanas, mais fraternas, de modo que ao nos virem, digam – “vejam como se amam”.
Celebrar Pentecostes é compromisso de renovar o que naquele dia aconteceu: falar uma língua que todos entendam, a linguagem da justiça e do amor. A linguagem de Cristo é uma “língua de fogo!”.
Que o vento de Pentecostes e seus rumores sejam acolhidos pelos nossos ouvidos; que seu fogo seja contemplado pelos nossos olhos e que o seu amor derramado seja, em nosso coração, acolhidos!
“Vinde Espírito Santo, enchei o coração dos Vossos
fiéis e acendei neles o fogo do Vosso amor
e tudo será criado e renovareis a face da terra.
Oremos:
Ó Deus que instruístes os corações dos vossos fiéis com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas, segundo o mesmo Espírito e gozemos de sua consolação.
Por Cristo Senhor Nosso. Amém”